Espaço de reflexão e de partilha dinamizado pelos professores e técnicos do Departamento de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita - Loulé
01 de Dezembro de 2017

 

publicado por Educação Especial em Loulé às 12:48

Oriundo das civilizações gregas e romanas, o Boccia tornou-se numa modalidade Paralímpica em 1984, nos jogos de Nova Iorque, e é considerada a modalidade principal para atletas portadores de paralisia cerebral.

É um desporto indoor, de precisão, em que são arremessadas bolas, seis de couro azul e seis vermelhas, com o objetivo de as colocar o mais perto possível de uma bola branca chamada “jack”, ou “bola alvo”. É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Está modalidade pode ser disputada de forma individual, pares ou por equipas.

Antes de começar a partida, o árbitro sorteia através de moeda ao ar, a escolha da cor das bolas com que cada equipa vai competir. Ainda assim, dá aos participantes o direito de escolha: se querem competir com as bolas de couro vermelha, ou com as bolas de cor azul. Quem escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o “jack” e uma bola vermelha. Depois é a vez da bola azul entrar em ação. A partir de então, os adversários vão-se revezando, a cada lance, para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do “jack”.

Para ganhar um ponto, o atleta tem de fazer com que a bola fique o mais próximo do “jack”. Caso este mesmo jogador tenha colocado outras bolas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca (Jack), os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.

Os jogadores podem ainda ser classificados da seguinte maneira:

  • BC1: Atletas podem competir com o auxílio de assistentes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
  • BC2: Os jogadores não podem receber assistência.
  • BC3: Para jogadores com características funcionais mais limitadas, já que não conseguem arremessar as bolas. No lançamento das bolas, os jogadores utilizam dispositivos auxiliares, calhas, capacetes com ponteiros e são ajudados por um acompanhante que deve manter-se sempre de costas para a área de jogo. Se esta regra for quebrada o jogador sofrerá penalizações.
  • BC4: Para jogadores com outras deficiências locomotoras, mas que são totalmente autónomos relativamente à funcionalidade exigida pelo jogo, que não podem receber auxílio.

O Boccia chegou a Portugal em 1983, tendo no ano seguinte o país conquistado uma medalha de ouro nos Jogos de Nova Iorque. Dois anos depois, em 1986, Portugal "deu cartas" nos primeiros campeonatos do Mundo, já com a participação de 12 países. Praticado em Portugal por cerca de 300 atletas, de mais de três dezenas de associações e clubes, o Boccia tem sido integrado no Desporto Escolar ao longo dos tempos e possui um quadro competitivo, em que se consideram duas categorias: a primeira, em que jogam alunos em cadeira de rodas; e a segunda, em que os alunos jogam em pé.

O quadro competitivo, de forma mais pormenorizada, é composto por:

Divisão I – alunos‐praticantes, com deficiência/incapacidade motora que utilizam cadeira de rodas, manual ou elétrica, que necessitam da calha/rampa para jogarem e/ou alunos em cadeira de rodas que jogam com o membro superior e/ou com o membro inferior.

O escalão etário é único e obedece a condição prévia do praticante: tem de se encontrar a frequentar o 2º ou 3º Ciclos do Ensino Básico ou o Ensino Secundário.

O género é misto, e é permitido, durante o jogo, a permanência e o apoio dos Assistentes Técnicos Desportivos aos jogadores, em conformidade com o previsto nas regras.

Divisões/Categorias

Consideram-se duas categorias:

- Divisão I – Individual

  • Divisão I 1 – Alunos em cadeira de rodas que utilizam calha.
  • Divisão I 2 – Alunos que necessitam de Cadeira de Rodas na vida diária e que jogam com pé ou com a mão.
  • Divisão I 3 -Alunos em pé sem NEE e jogadores com NEE.

- Divisão II – Equipas

As equipas devem ser constituídas por um mínimo de 3 jogadores e um máximo de 5 jogadores. Em campo têm, obrigatoriamente, de estar 2 jogadores com NEE.

  • Divisão E 1 – 2 jogadores em cadeira de rodas (com calha e/ou pé/mão) e mais um jogador
  • Divisão E 2 – 2 Jogadores em pé com NEE e mais 1 jogador.

-O Escalão Etário é único e obedece a condição prévia do praticante se encontrar a frequentar o 2º ou 3º Ciclos do Ensino Básico ou o Ensino Secundário;

-O Género é misto;

-É permitido, durante o jogo, a permanência e o apoio dos Assistentes Técnicos Desportivos aos jogadores em conformidade com o previsto nas Regras

 

publicado por Educação Especial em Loulé às 12:43
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Muito interessante e útil!
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