Oriundo das civilizações gregas e romanas, o Boccia tornou-se numa modalidade Paralímpica em 1984, nos jogos de Nova Iorque, e é considerada a modalidade principal para atletas portadores de paralisia cerebral.
É um desporto indoor, de precisão, em que são arremessadas bolas, seis de couro azul e seis vermelhas, com o objetivo de as colocar o mais perto possível de uma bola branca chamada “jack”, ou “bola alvo”. É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Está modalidade pode ser disputada de forma individual, pares ou por equipas.
Antes de começar a partida, o árbitro sorteia através de moeda ao ar, a escolha da cor das bolas com que cada equipa vai competir. Ainda assim, dá aos participantes o direito de escolha: se querem competir com as bolas de couro vermelha, ou com as bolas de cor azul. Quem escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o “jack” e uma bola vermelha. Depois é a vez da bola azul entrar em ação. A partir de então, os adversários vão-se revezando, a cada lance, para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do “jack”.
Para ganhar um ponto, o atleta tem de fazer com que a bola fique o mais próximo do “jack”. Caso este mesmo jogador tenha colocado outras bolas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca (Jack), os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.
Os jogadores podem ainda ser classificados da seguinte maneira:
O Boccia chegou a Portugal em 1983, tendo no ano seguinte o país conquistado uma medalha de ouro nos Jogos de Nova Iorque. Dois anos depois, em 1986, Portugal "deu cartas" nos primeiros campeonatos do Mundo, já com a participação de 12 países. Praticado em Portugal por cerca de 300 atletas, de mais de três dezenas de associações e clubes, o Boccia tem sido integrado no Desporto Escolar ao longo dos tempos e possui um quadro competitivo, em que se consideram duas categorias: a primeira, em que jogam alunos em cadeira de rodas; e a segunda, em que os alunos jogam em pé.
O quadro competitivo, de forma mais pormenorizada, é composto por:
Divisão I – alunos‐praticantes, com deficiência/incapacidade motora que utilizam cadeira de rodas, manual ou elétrica, que necessitam da calha/rampa para jogarem e/ou alunos em cadeira de rodas que jogam com o membro superior e/ou com o membro inferior.
O escalão etário é único e obedece a condição prévia do praticante: tem de se encontrar a frequentar o 2º ou 3º Ciclos do Ensino Básico ou o Ensino Secundário.
O género é misto, e é permitido, durante o jogo, a permanência e o apoio dos Assistentes Técnicos Desportivos aos jogadores, em conformidade com o previsto nas regras.
Divisões/Categorias
Consideram-se duas categorias:
- Divisão I – Individual
- Divisão II – Equipas
As equipas devem ser constituídas por um mínimo de 3 jogadores e um máximo de 5 jogadores. Em campo têm, obrigatoriamente, de estar 2 jogadores com NEE.
-O Escalão Etário é único e obedece a condição prévia do praticante se encontrar a frequentar o 2º ou 3º Ciclos do Ensino Básico ou o Ensino Secundário;
-O Género é misto;
-É permitido, durante o jogo, a permanência e o apoio dos Assistentes Técnicos Desportivos aos jogadores em conformidade com o previsto nas Regras